O Governo da Itália pretende colocar em votação ainda neste ano um projeto de lei que autoriza os cidadãos italianos a cultivar até cinco plantas de cannabis para uso pessoal. Também seria legalizada a posse domiciliar de até 15g da droga e o porte de 5g por pessoa.
No entanto, o cultivo de cannabis com fines medicinais está, desde 2014 sob o controle do Exército e, desde abril de 2016 a produção está sendo feita em instalações especialmente desenhadas para cultivo seguro na região de Florença.
A estimativa é que a câmara estéril poderá produzir até 100kg de cannabis da melhor qualidade para o uso de pacientes com câncer, esclerose múltipla e outras condições médicas que o requeiram.
A cargo do projeto está o Coronel Antônio Médica (como diria Veríssimo: nomes que condicionam destinos?) quem confirma que o exército foi escolhido para conduzir o cultivo pela garantia de segurança que representa e por ter estado envolvido em atividades farmacêuticas desde 1800.
A qualidade e pureza da droga é de vital importância já que a maconha fornecida pelas apreensões da polícia não estava de acordo com os padrões necessários para o objetivo.
“Minha missão é produzir cannabis da melhor qualidade em escala industrial e a um preço baixo”
A intenção é também forçar a queda dos preços, já que muitas pessoas que fazem uso de cannabis com fins medicinais, não está em condições de pagar pelos medicamentos, que não são fornecidos pelo sistema de saúde, nem o preço da maconha oferecida no mercado negro de em torno de 8 Euros a grama.
Outro objetivo a ser alcançado é reduzir a dependência da importação de cannabis medicinal da Holanda e outros países que já produzem há algum tempo, a qual, de acordo com o Coronel Medica, tem maiores conteúdos de THC e menores de CBD que a produzida pelo Exército Italiano.
Fontes: Deutsche Welle e Independent