Pioneiro e líder mundial em pesquisas sobre cannabis medicinal, Israel mantinha leis que criminalizavam o uso recreativo.
O país, onde o cientista Dr. Raphael Mechoulam identificou o cannabidiol (CBD) em 1960 e, pouco depois o THC, sintetizados pela sua equipe em 1964, mantém desde então, um programa de pesquisas realmente intenso e é exemplo de como conduzir o tema.
O Dr. Alan Shackelford, renomado médico especialista de Denver, Colorado, manifesta seu descontentamento com os obstáculos que a legislação norte-americana impõe aos pesquisadores e compara:
“Israel está liderando o mundo instituindo políticas governamentais que permitem conduzir investigações científicas sobre os potenciais usos médicos da cannabis com um mínimo de restrições e com regulamentações sensatas em vez de colocar barreiras na condução de pesquisas legítimas”.
No entanto, até este domingo, dia 05 de março, o uso por parte de cidadãos comuns para outros fines que não os científicos, estava proibido e penalizado.
Neste domingo, a Knesset finalmente sancionou a lei que trata o usuário de maconha com fins recreativos em locais públicos como “infratores” e não mais como delinquentes.
De acordo com a nova lei, quem for pego fumando maconha na rua, praças ou qualquer outro local público estará sujeito ao pagamento de uma multa de 1.000 shekels, algo em torno dos 270 dólares, dobrando a soma quando for surpreendido pela segunda vez. O “tri” reincidente será colocado em liberdade condicional, com registro de curta duração, levando a acusações criminais apenas na quarta reincidência.
Os valores arrecadados pelas penalidades serão direcionados para campanhas educativas e tratamento de usuários de maconha e outras drogas.
Embora longe do ideal, a legislação se direciona para uma visão mais realista e para a possibilidade de uma rápida atualização mais libertária.
Tamar Zandberg (do partido Meretz, social-democrata), presidente do Comitê Especial sobre Drogas e Abuso de Álcool do Knesset, disse que “este é um passo importante, mas não o fim da estrada, e envia uma mensagem de que um milhão de israelenses que consomem maconha não são criminosos. Nós continuaremos acompanhando os detalhes no comitê para garantir que as mudanças sejam implementadas.
Legal, Israel pensando bem na frente!
E vindo lá de trás!
Quando a gente pensa que já faz quase 60 anos que o Cannabidiol foi identificado e isolado… em um país tão pequeno e com tantos problemas… é inacreditável que no Brasil só neste ano de 2017 foi autorizado pela ANVISA que sejam feitas pesquisas com cannabis!
Apenas no ano passado foi autorizada a importação de medicamentos a base de cannabidiol!
Quanta ignorância, mesquinharia e hipocrisia!