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Sim.
Esse é o resultado de uma pesquisa realizada por um grupo de profissionais liderados pela pesquisadora Madeline Meier, da Arizona State University, com mais de mil neozelandeses, desde o nascimento até os 38 anos, a maior parte dos quais, usuários frequentes de maconha. É a primeira vez que se faz um estudo sério tão longo e abrangente.
O trabalho analisou diferentes aspectos da saúde física destes usuários que começaram a consumir a partir dos 18 anos e o único efeito danoso comprovado foi uma saúde periodontal pior que a dos pesquisados de controle que não utilizaram cannabis.
Como acréscimo os resultados mostram alguns benefícios: “Os resultados mostraram que o consumo de cannabis foi associado com uma saúde metabólica levemente melhor (circunferência da cintura menor, menor índice de massa corporal, melhor perfil lipídico e um melhor controle da glicose)”.
Em contraste, os usuários de tabaco tiveram confirmados todos os efeitos negativos esperados: deficiência no funcionamento pulmonar, altos níveis de colesterol, pressão arterial alta e outros problemas.
Aprofundando a pesquisa pode-se constatar que as alterações, especialmente nas gengivas, não eram produto de um problema de higiene dental, mas as causas reais ainda não foram determinadas.
É de destacar que os usuários de tabaco tiveram os mesmos problemas periodontais e com gravidade ainda maior.
Madeline já havia conduzido outras pesquisas sobre o uso prolongado de maconha, desta vez relativas aos efeitos sobre a saúde mental, especialmente um deles, bastante difundido, em relação ao declínio do QI (Coeficiente Intelectual) entre os usuários habituais de maconha ao longo dos anos. De qualquer forma, estudos mais recentes apontando a esta particularidade, também não mostraram evidências de declínio cognitivo relacionado ao uso de cannabis.
